quinta-feira, 3 de maio de 2012

[Review] Halfway to the Grave, Jeaniene Frost



Editora: Avon 
Páginas: 384
Publicação: 2007
IBSN: 978-0061245084




A meia-vampira Catherine Crawfield caça vamprios em busca de vingança, esperando que um desses vagabundos seja seu pai, o responsável por arruinar a vida de sua mãe. Então ela é capturada por Bones, um vampiro caçador de recompensas, e  é forçada a uma profana parceria. 
Em troca de seu pai, Cat concorda em treinar com o sexy caçador da noite até que seus reflexos sejam tão afiados quanto as presas de Bones. Ela está surpresa por não ter acabado como seu jantar- há realmente vampiros bons? Logo Bones terá a convencido de que ser meio-morto não é inteiramente ruim. Mas antes que ela possa  desfrutar seu nosso status de Kick-ass, Cat e Bones são perseguidos por um grupo de assassinos, agora ela terá que escolher um lado... e Bones está se tornando tão atraente quanto qualquer homem com um batimento cardíaco.  
                É sempre difícil falar sobre algo que gostamos muito. Halfway to the Grave é uma daquelas estórias que desde a primeira página te prende e te faz querer muito mais. 



Acho muito interessante como cada autor (a) consegue criar um mundo próprio para suas estórias vampíricas – com uma mitologia diversa, formas de matar, alimentar-se e tudo mais – e, ainda assim, fazer com a gente se sinta bastante a vontade, como se não existissem outras mitologias e aquela fosse a “certa”.  Frost definitivamente consegue isso! Desde o momento em que somos apresentados ao mundo vampírico de Night Huntress, a estória decorre tão normalmente que não me peguei comparando a outros ‘universos vampíricos’.

Há poucas coisas que me fazem gostar mais de uma personagem que a sua humanidade – quer dizer, não ser nem vilão de mais, nem donzela em perigo/mocinho de mais –, Halfway to the Grave têm personagens assim. Jeaniene caprichou na caracterização não só dos personagens principais, como também de cada um que aparece – vagamente ou não – na estória.

Jeaniene criou uma heroína tão, mas tão única e apaixonante que você se sente quase agradecido por acompanhar a trama da perspectiva dela. Cat não é uma personagem estilo Marie Sue (cheia de qualidades e nenhum defeito), ao contrário, ela tem sim muitos defeitos, inseguranças, medos, entretanto, ela não deixa ser inteligente, esforçada, forte, protetora e principalmente, independente. Acompanhar a estória do seu ponto de vista é extremamente divertido e com a dose certa de drama.

Algo que vale ressaltar são as críticas que Frost faz ao longo do livro a nossa sociedade – que as pessoas constantemente se preocupam mais com o que aconteceu com o bandido do que o que aconteceu com a vítima e a forma como muitas pessoas são deixadas de lado, esquecidas a beira da civilização, enquanto para outras não falta nada. A lição que Catherine tira do confronto entre o que ela sempre aprendeu ser errado e maligno – vampiros – contra as coisas que sua outra meia espécie fez – e ainda faz – ao longo dos anos, ajuda a forjar as bases das futuras decisões e as consequências dessas.

                A série Night Huntress merece ser lida, mesmo por quem não é fã do gênero, exatamente por ir muito além de vampiros/romance e tratar de temas nem um pouco sobrenaturais, como: comercio de escravos e ética. Se você ainda não leu, reserve um tempinho e desfrute dessa fantasia urbana.
Postado por Toca da Loba às 16:07