Editora: Avon
Páginas: 384
Publicação: 2007
IBSN: 978-0061245084
A meia-vampira Catherine Crawfield caça vamprios em busca de vingança, esperando que um desses vagabundos seja seu pai, o responsável por arruinar a vida de sua mãe. Então ela é capturada por Bones, um vampiro caçador de recompensas, e é forçada a uma profana parceria.Em troca de seu pai, Cat concorda em treinar com o sexy caçador da noite até que seus reflexos sejam tão afiados quanto as presas de Bones. Ela está surpresa por não ter acabado como seu jantar- há realmente vampiros bons? Logo Bones terá a convencido de que ser meio-morto não é inteiramente ruim. Mas antes que ela possa desfrutar seu nosso status de Kick-ass, Cat e Bones são perseguidos por um grupo de assassinos, agora ela terá que escolher um lado... e Bones está se tornando tão atraente quanto qualquer homem com um batimento cardíaco.
Acho muito interessante
como cada autor (a) consegue criar um mundo próprio para suas estórias vampíricas
– com uma mitologia diversa, formas de matar, alimentar-se e tudo mais – e,
ainda assim, fazer com a gente se sinta bastante a vontade, como se não
existissem outras mitologias e aquela fosse a “certa”. Frost definitivamente consegue isso! Desde o
momento em que somos apresentados ao mundo vampírico de Night Huntress, a
estória decorre tão normalmente que não me peguei comparando a outros ‘universos
vampíricos’.
Há poucas
coisas que me fazem gostar mais de uma personagem que a sua humanidade – quer
dizer, não ser nem vilão de mais, nem donzela em perigo/mocinho de mais –,
Halfway to the Grave têm personagens assim. Jeaniene caprichou na
caracterização não só dos personagens principais, como também de cada um que
aparece – vagamente ou não – na estória.
Jeaniene criou
uma heroína tão, mas tão única e apaixonante que você se sente quase agradecido
por acompanhar a trama da perspectiva dela. Cat não é uma personagem estilo
Marie Sue (cheia de qualidades e nenhum defeito), ao contrário, ela tem sim muitos
defeitos, inseguranças, medos, entretanto, ela não deixa ser inteligente,
esforçada, forte, protetora e principalmente, independente. Acompanhar a
estória do seu ponto de vista é extremamente divertido e com a dose certa de
drama.
Algo que vale
ressaltar são as críticas que Frost faz ao longo do livro a nossa sociedade – que
as pessoas constantemente se preocupam mais com o que aconteceu com o bandido
do que o que aconteceu com a vítima e a forma como muitas pessoas são deixadas
de lado, esquecidas a beira da civilização, enquanto para outras não falta
nada. A lição que Catherine tira do confronto entre o que ela sempre aprendeu ser
errado e maligno – vampiros – contra as coisas que sua outra meia espécie
fez – e ainda faz – ao longo dos anos, ajuda a forjar as bases das futuras
decisões e as consequências dessas.
A
série Night Huntress merece ser lida, mesmo por quem não é fã do gênero, exatamente
por ir muito além de vampiros/romance e tratar de temas nem um pouco
sobrenaturais, como: comercio de escravos e ética. Se você ainda não leu,
reserve um tempinho e desfrute dessa fantasia urbana.